Olhos no futuro... um artigo dos nossos alunos de Moldes
Tribunas & Figueiredo
25 Fev. 2022

Ao longo dos últimos anos, o setor metalúrgico, metalomecânico e dos moldes revelou um crescimento notável, exportando a maior parte da sua produção, tendo neste momento uma forte relevância nos mercados internacionais.
Este setor tornou-se num importante motor da economia portuguesa, mas também regional, que resiste e cresce a olhos vistos, porém reclama a contratação de cada vez mais trabalhadores, uma necessidade que se verifica há já alguns anos e para a qual as empresas não conseguem encontrar resposta no mercado de trabalho.
Sempre em estreita ligação com o tecido empresarial do concelho de Anadia e dos concelhos limítrofes, a Escola Profissional de Anadia não hesitou na abertura do curso técnico de Desenho de Construções Mecânicas, variante moldes, apostando na formação e qualificação de jovens especializados para suprir esta necessidade tão premente.
A aposta neste curso não poderia ter sido mais certeira e oportuna, e há largos anos, que forma jovens profissionais, conferindo-lhes valor acrescentado para esta área, tornando-os aptos na avaliação do tipo de molde a executar para a produção de cada peça, tendo em conta as especificações fornecidas pelo cliente; na escolha de soluções técnicas mais eficazes à satisfação do projeto; na seleção de materiais; na execução do desenho preliminar e final; no acompanhamento do fabrico do molde e na orçamentação, em suma na Criação e na Inovação.
O curso de Desenho de Construções Mecânicas, variante moldes foca essencialmente a sua atuação numa forte componente técnica e prática, orientado a formação dos alunos para o mercado de trabalho.
Como forma de fortalecer esta relação, mas também de motivar e incentivar os alunos, é-lhes proposto no início de cada ano letivo, o desenvolvimento de um projeto-turma. Depois de escolhido o tema, cada aluno tem que criar um produto e desenvolvê-lo, desde o seu esboço até à impressão do mesmo em 3D.
Estes projetos iniciam-se com uma apresentação prévia nas empresas parceiras, com contacto direto com as diversas etapas de cada projeto, nomeadamente, as matérias-primas, a normalização, a elaboração de desenho 2D e 3D, os processos produtivos, o controlo do produto, a assemblagem, os
ensaios, para culminar na impressão 3D.
Deste desafio têm surgido projetos extremamente gratificantes e inovadores, graças ao empenho e criatividade dos alunos, mas também ao arrojo e know-how das empresas que prontamente se disponibilizam para cooperar na operacionalização do mesmo.
Nestes anos têm sido diversos os desafios e interessantes têm sido os resultados nos projetos em que estiveram envolvidos, citamos alguns, bilhares, bicicletas, capacetes futuristas, óculos de sol, candeeiros, relógios e ratos para computador.
A título de exemplo, citamos apenas 3, embora todos se encontrem na página Web da Escola Profissional de Anadia.
“O capacete do futuro”, desenvolvido em parceria com a empresa CMS e cujo vencedor, foi a aluna Laura Saraiva.
A “Bicicleta” desenvolvido em parceria com a empresa Órbita, sob orientação do Arquiteto Pedro Sant’Ana, coordenador do ID&I da empresa ÓRBITA.
O “Bilhar”, desenvolvido em parceria com a empresa Bilhares Carrinho, com o apoio do Eng.º Pedro Seabra e da Engª Maria João. Este projeto “também se apresentou a concurso no âmbito da “Ciência na Escola”, prémio da Fundação Ilídio Pinho, subordinado ao tema “A ciência na escola ao serviço do desenvolvimento e da humanização”, os alunos Lília Lourenço e Marco Santos foram os vencedores desta edição.
